Vivemos em uma “Matrix” onde as pessoas se julgam conhecedoras umas das outras por conta de suas experiências vividas e esquecem que cada ser é único e que suas vivencias, expectativas e comportamentos se transformam de acordo com seu ponto de vista. Isso algumas vezes fazem com que um ou outro Ser possa sentir-se diferente e sozinho em meio a uma multidão de pessoas.
Por muitos e muitos anos passamos procurando doenças e culpas dentro de nós porque ouvimos outras pessoas dizer que nossas ações são reflexos de algo que precisamos curar internamente ou por má escolhas que fazemos. Também temos algumas atitudes com a intenção de nos escondermos de algo que nos culpamos, enfim sempre existe uma busca constante de auto cura porque sempre buscamos “culpados” ou se culpar por tudo, afinal somos responsáveis por nossos atos. E claro nisso eu concordo, sim somos responsáveis por nossos atos. Mas será que todos nossos atos tem um propósito maldoso? Se nascemos bons, tudo que fazemos é por maldade? Será que temos intenção de nos prejudicar constantemente?
Sim, é fato que ao longo da caminhada alguns humanos desviam sua conduta, mas outros também desviaram sua percepção de ouvir e ver o próximo como ele verdadeiramente é. Passou a julgar mais, criticar sempre, condenar por tudo, explorar, contestar, desconfiar e o pior negar o próximo a ponto de culpar. E esse olhar condenatório que leva a culpa para dentro do coração faz as pessoas adoecerem e assumirem posições inadequadas dentro do ambiente familiar, das organizações, da sociedade, do grupo de amigos e pior dentro de si mesmo criando grandes conflitos internos podendo o levar a sérios problemas físicos, psíquicos e emocionais.
Podemos observar, pessoas altruístas, tem sido manchete de programas e telejornais como se isso fosse algo extraordinário e mais, o programa que transmite essa notícia é super aplaudido por transmitir algo inovador, surpreendente. Então, pergunto: aonde está a novidade? Será mesmo necessário tanto sensacionalismo em uma reportagem dessas ou deveria ser transmitido de forma mais séria e direta para que as pessoas sintam que isso deve ser natural e sério.
Observem o quanto existem pessoas boas, cortês, que tratam o próximo com respeito. Essa deve ser a natureza humana, assim o mundo pode ser mais leve e suave, podemos começando a prestar mais atenção uns nos outros. Convido todos a fazerem esse exercício com um olhar despretensioso. Olhem para o lado e observem o que o outro tem de bom. Tentem entender o porquê aquela pessoa faz determinada expressão ao se comunicar, age daquele tipo, fala naquele tom, gesticula daquela forma, come assim...sem julgamentos. Aceitar o próximo não é concordar com os erros, as falhas, os desvios, as diferenças, mas sim respeitar o espaço e a história do outro.
Publicado por Simone de Lima Rech.
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