Amor é sentindo e não pensado!
Amar é não concordar com tudo que o outro faz ou pensa, mas mesmo assim estar ao lado. Amar é ficar incomodado com as diferenças do outro e ainda assim ter ele próximo porque compreende. Amar é sentir-se desconfortável com alguma palavra ou atitude do outro e não sentir raiva, mas refletir sobre o que senti.
Mas para sentir o amor, primeiro é preciso amar a si próprio pelo que você é, e não pelo que imagina ou gostaria de ser. Isso é mentir e tentar enganar a si próprio, logo acabamos enganando o outro. Só é possível amar o próximo quando conseguimos escutar o outro sem ponderar, sem julgar, sem tomar dores. Mas infelizmente, nossa sociedade está cheio de amizades e casamentos hipócritas, aonde é dito diariamente “eu te amo”, mas no primeiro momento que escutamos algo que não gostamos de ouvir já sentimos raiva, mágoa, tristeza, frustação e tantos outros sentimentos egocêntricos.
Amar é se interessar pelo outro de verdade, sem restrições, sem condições. Sim, somos diferentes e iguais ao mesmo tempo. Dentro de nossa existência física e emocional temos as mesmas necessidades básicas. Precisamos nos alimentar, repousar, resguardar, hidratar, respeitar, aceitar e amar. Mas esquecemos disso quando deixamos nosso ego inferior sentir por nós. O outro, o qual falamos “eu te amo”, deixa de ser interessante quando ele começa a falar dele e compartilhar de seus desconfortos. Isso acontece porque geralmente nos sentimos em segundo plano. O incomodo sentimental soa assim: “Agora o outro deixa de me ouvir e de estar a minha disposição para falar sobre ele.” E isso passa a ser chato, irritante e o “amor” todo vai embora.
Não é esse tipo de amor que precisamos multiplicar, o amor falado, hipócrita, esse não serve pra nada, apenas para gerar discórdia. Precisamos treinar o sentir e aí sim saberemos amar. Veja, estamos passando por uma guerra entre dois países que antes eram apoio um do outro, quando um deixou de ser a sombra do outro tudo mudou e as alianças se dissiparam. E quem faz a guerra acontecer, não são os “humanos”? Aqueles que amam até que está conveniente. Então o que estamos sentindo de verdade? Será amor ou pura vaidade e luta para sermos aceitos por aquilo que falamos e não pelo que sentimos verdadeiramente.
O treino começa quando eu sinto amor por mim mesmo, aceitando minhas dificuldades, respeitando meus limites e fortalecendo meus valores para transformar tudo aquilo que desejo mudar e alcançar o que eu desejo Ser, realizando meus propósitos. Parece algo fácil quando lemos e tão difícil quando colocamos em prática, mas perceber isso já o primeiro passo. É o grande começo para fazer todas as transações da vida com leveza porque me proponho fazer por mim e não pelos outros. Pare de usar os outros como desculpa ou apoio dos seus “porquês”. Quando você se coloca diante de uma mudança de pensamento, sentimento, atitude ou qualquer outra coisa e isso se torna pesado é porque você ainda está agindo para seguir os padrões externos e não internos.
Seja protagonista da sua vida escolhendo Ser alguém melhor para você mesmo, com isso conseguirá ser melhor em suas atitudes com o outro. Sua pureza e empatia não está no outro, está em você e só assim conseguirá compartilhar com o próximo, caso contrário você é só mais uma “arapuca” do seu próprio destino. Torne sua vida leve ressignificando sua forma de se olhar, se escutar, através da humildade e assim você também será com o outro.
Não siga a moda de dizer que ama, que é espiritualizado, que já está se conectando com a 5ª dimensão, se ainda sente ódio, raiva, rancor, mágoa, frustração da pessoa que você “diz amar”. Não burle seus sentimentos, não se iluda com suas palavras, ou será iludido pela vida que você fantasiou.
Um coração cheio de mágoa e rancor não tem espaço para amar. No entanto é possível desintoxicá-lo e treina-lo para o amor.
Psicoterapeuta Holística CRTH/BR 12.447
Especializada em Medicina Tradicional Chinesa
Paz e Luz!
2022
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